SUSANY BIANCCO







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quarta-feira, 21 de outubro de 2009

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Quebra de paradigma

Primeiramente, gostaria de salientar que a maior dificuldade é a aceitação própria, quebrar o paradigma. Eu tinha enumeras barreiras que me impediam de fazer "n" coisas... só depois de muito sofrimento descobri que tudo é uma questão de mudança e aceitação. A baixa estima está muito ligada a isso, essa causada por toda a trajetória desastrosa, irresponsável e desumana que o homossexual e o transexual enfrentam no dia a dia. Quando você percebe que não está só, que existem pessoas que lutam em prol das minorias, e que a mudança deve começar dentro de você. Sua mente se abre para o mundo, tudo é uma questão de ponto de vista, é muito simples. Você não pode vender um produto se não acredita nele, não terá sucesso. Assim como, não pode exigir respeito, valorização e uma vida digna, se não acredita que é merecedor. "Seja uma pessoa boa, de princípios sólidos e de respeito, que o universo conspira a seu favor". Eu nunca imaginei ser aceita pela minha família. Certa vez estava no sofá de casa assistindo TV com minha mãe, ela me olhou e comentou, _meu FILHO, como seus seios ficaram lindos! A alguns meses atrás essa frase estava nos meus sonhos...foi uma quebra de paradigma...era uma coisa impossível de acontecer....também, nunca me imaginei trabalhando com vestes femininas...ou melhor, me imaginava ridícula e sendo ridicularizada pelos meus colegas...mas fiz as coisas acontecerem, mudei. Tudo é uma questão de fazer a coisa certa na hora certa... perceber as oportunidades e encontrar aliados. Meu maior erro foi me fechar... nunca ter comentado com colegas de trabalho sobre minha orientação sexual. Eu era o meu maior inimigo, eu era preconceituosa. Quando comecei a me abrir com as pessoas, falar dos meus medos e desejos, tudo ficou mais fácil. Percebi que as pessoas estavam receptivas e se interessavam cada vez mais pela minha história. Algumas se afastaram, porém outras me apoiaram incondicionalmente. Foi assim na agência que estou trabalhando atualmente. Quando cheguei foi de cara limpa, sem barreiras, sem preconceitos, me valorizando, me achando linda, importante, me entreguei de corpo e alma. Estava feliz e as pessoas perceberam minha sinceridade e a vontade de mudar. Hoje, diferentemente dos meus outros locais de trabalho, estou me sentindo cada vez mais feminina, cada vez que me olho no espelho choro de alegria, e me reconheço.... me animo em levantar pela manhã, vestir minhas roupas e me sentir bonita...Sei que ninguém é feliz completamente, mas posso dizer que finalmente encontrei o meu caminho. Bom! Por hoje é só. Neste primeiro momento dei ênfase na aceitação própria de dentro para fora. Na próxima oportunidade gostaria de comentar como as pessoas veem os homossexuais e transgêneros...o que deve ser absorvido e o que deve ser ignorado.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Inclusão no mercado de trabalho

Gostaria de compartilhar com vocês um pouco da minha história e trajetória no mercado de trabalho. Comecei a trabalhar desde os 14 anos, pintei uma casa, pra ajudar minha mãe a comprar comida. Quando entrei no mercado de trabalho e no emprego atual tinha 16 anos. Desde que me conheço por gente tenho interesse em coisas femininas e sonhava em ser do sexo oposto ao meu. Sofri muito na minha infância, adolescência e quando ingressei no mercado de trabalho não foi diferente. Encontrei muitas barreiras, preconceito, fui vítima de "chacotas" e fui muito ridicularizada. Naquela época não se falava em diversidade, e o tema GLS era coisa de "viado", pervertidos, o termo GLBT nem existia. Nunca esquecerei uma expressão que houvi de um gerente: ...estava trabalhando no caixa, um movimento danado....era folha de pagamento do posto que trabalhava. E em meio a todo aquele tumulto e muito suor... ouvi meu gerente dizer: "É um absurdo a gente ter que trabalhar com esse tipo de gente". Fiz-me de desentendida, baixei a cabeça e continuei trabalhando, aliais nunca mais a levantei... e minha vida dentro do trabalho sempre foi assim....trabalho....nunca fiz outra coisa que não fosse focada nisso....diversão, paqueras, conversar bobagens não existia na minha vida....fui uma pessoa assexuada e introvertida....Nunca comentei sobre minha sexualidade com ninguém do serviço...isso foi sempre um tabu. Quando completei 30 anos de idade, já se falava muito em diversidade, e cada vez mais a mídia focava no assunto e a homossexualidade deixou de ser um tabu. Foi nesse momento que minha mente se abriu.... que percebi que estamos nessa vida para sermos felizes...e que não poderia mais ter dupla personalidade...na vida pessoal e no trabalho. Iniciei um processo de feminização... Quando me olhava no espelho não reconhecia a imagem.... minha personalidade, minha alma, não combinava com aquele corpo....Não aceitava os pelos no meu rosto, e tirei com laser.... ahhhh... Foi uma das melhores coisas que fiz nesse processo...Foram 08 sessões doloridas com intervalos de 2 meses....o resultado foi incrível...mas ainda era muito pouco....então comecei a deixar o cabelo crescer. Tudo que eu fazia era extremamente estudado, e analisava o impacto que traria no meu local de trabalho... por isso o processo foi muito lento....e assim fui mudando aos poucos....os colegas que me viam diariamente não percebiam uma mudança drástica....apenas que eu ficava mais bonito e chamava mais atenção....num bom sentido...pela beleza... O impacto se dava quando mudava de agência.... como fazia tempo que não me viam, ou nunca tinham me visto, eu causava estranheza... Mas logo tirava isso de letra pela minha simpatia e acima de tudo pela competência no trabalho....afinal foram anos focados apenas no trabalho. Há dois anos comecei a tomar hormônios por indicação médica e psicológica, já não podia mais voltar atrás e a cada dia me tornava mais feminina e feliz. Adotei o nome de Susany na minha vida pessoal. Então começou um novo drama psicológico em relação ao local de trabalho. A cada dia que se passava ficava mais difícil conciliar a vida dupla... Era difícil trabalhar com postura masculina, roupas, gravata, etc. E fora, na vida pessoal, andar com trajes femininos. Era um sofrimento e constrangimento constante.... Tinha receio que alguém do trabalho, que me tratava pelo nome masculino, me vise na rua de Susany.... E que meus amigos e paqueras que me conheciam como Susany... Me vissem vestido de homem no emprego. Porém já estava tão feminina que embora usasse roupas masculinas era tratada como se fosse do sexo feminino. Quando circulava na rua as pessoas me analisavam, não entendiam a roupa masculina com aparecia feminina, não combinava, e isso me fazia muito mal. Quando estava de Susany, as pessoas não me olhavam diferente e me tratavam normalmente. Sendo assim, aos poucos fui abolindo a gravata por conta própria... E o curioso foi que ninguém me questionou... Meus colegas e chefia já estavam entendo o processo que era irreversível. Existiam duas coisas que me incomodavam muito em cada personalidade... Era um martírio levantar pela manhã e colocar aquelas roupas masculinas.... Me sentia ridícula.... Dessa forma queria ser vista pelo menor número de pessoas possíveis... Na penúltima agência que trabalhei tinha um restaurante ao lado... Que eu frequentava e almoçava após as 14h em que tinham menos clientes. Só saia na rua de carro e quando chegava em casa ia correndo do estacionamento ao apartamento para que os vizinhos não me vissem naquela situação masculina, muito constrangedora para mim.
Mas eu falei que eram duas coisas... A outra era como Susany... Você imaginaria uma mulher sem seios? Embora eu estivesse tomando hormônios, que me ajudava muito na aparência feminina e na parte psicológica, minhas mamas não desenvolviam. Já não tinha mais interesse em sair ou me arrumar, fazer festas tinha vergonha de ter um namorado, de ser vista nua por ele. Minha vida pessoal estava uma droga. No final do ano passado, nas minhas férias, fiz implante de silicone nas mamas e uma lipo escultura. Pela primeira fez me olhei no espelho e me reconheci... e chorei...
Como voltaria das minhas férias me chamando pelo nome masculino e de seios? Sabia que de alguma forma teria que resolver o primeiro incomodo... as vestis masculinas... Foi aí que minha mãe me ajudou e me vestiu com o seu terninho preto feminino e me deu muita confiança. Existia uma barreira entre eu e os colegas, e um paradigma a quebrar. No primeiro dia de trabalho fazia muito calor, e lá estava eu com meu terninho feminino preto.... Não tive coragem de tirar o casaco, passei muito calor... E ainda o ar condicionado da agência quebrou.... Lei de Marfie... Minha psicóloga disse para eu pensar em tirar o casaco naquele momento que eu estivesse sentindo calor... Mas o calor não parecia maior que o constrangimento que eu achava passar. Tinha muito medo de ser ridicularizada. Assim, como dizem que sempre haverá uma luz na escuridão... pois é, ela surgiu... Meu chefe sugeriu uma transferência para outra cidade, por outro motivo, nada haver com meu caso.... Mas que vinha a calhar certamente. Quando cheguei à nova cidade, a 300 km da cidade natal, e no novo local de trabalho, poucos me conheciam, era a chance de me mostrar feminina como nunca haviam me visto no emprego. Não havia paradigmas a quebrar, os meus novos colegas já sabiam por comentários que eu tinha aparecia feminina.... Então não houve choque algum... Mas como faria com o nome? Não conseguia me imaginar vestida de mulher com as pessoas me chamando pelo nome masculino, já que se usasse Susany poderia ser interpretado como falsidade ideológica. Então quem teve a idéia foi minha irmã... "peça que eles lhe chamem pelo sobrenome"... sendo assim, no primeiro dia na agência me apresentei com (...) que é o inicio do meu sobrenome. Hoje poucos percebem meu verdadeiro sexo, e o pessoal da agência me trata super bem e com naturalidade. Finalmente, a Susany e o (nome masculino) uniram-se em uma única personalidade... (inicio do sobrenome). Em prol da minha felicidade. Resta ainda, para finalizar esse processo, a voz que deve ser mais aguda, feminina... Alteração do nome e a mudança de sexo. Mas preciso de recursos, para fazer a cirurgia nas cordas vocais, pagar um advogado e fazer a cirurgia na Tailândia... a minha luta continua... Com muita garra e certa de que...

“ Estamos nessa vida para sermos felizes”.

sábado, 17 de outubro de 2009

Viagem ...tirando fotinhos com o celular....kkkk



“Uma das coisas que caem da moda em 2009, é o nome “travesti”. Arcaico e retrogrado, o dicionário se refere a travesti como; pessoa que gosta de se vestir do sexo oposto. Coisa do passado, elas deixaram as perucas de lado, possuem cabelos extremamente cuidados, são donas de uma beleza feminina invejável, fazem uso de hormônios com orientação médica, plásticas e silicones como qualquer outra mulher. O nome travesti, não possui mais referencia a estas mulheres, que hoje falam mais de 2 ou 3 idiomas, conhecem ou vivem no exterior, e conquistando a cultura, também se deve conquistar espaços verdadeiros na sociedade. O que define uma mulher é a alma, pois se não fosse, uma mulher que sente atração por outra mulher seria homem! A pratica do sexo ou do orgasmo é uma particularidade de cada um. Todos devemos ter nossa própria escolha, sem preconceitos, apenas amor. Não há duvidas que todos somos iguais e com igualdades de direito. Com a delegacia da mulher, diminuíram por mais de 2/3 a violência domestica e nas ruas contra as mulheres. Quem sabe com novos direitos, e a extinção do nome travestis, elas também possam fazer parte e usufruir destes direitos que também lhe pertencem. A grande moda de 2009 esta na criação de um mundo melhor, com melhores cuidados aos animais e ao meio ambiente. Deixarmos de lado a violência e praticar o amor. Sorrirmos um pro outro e apenas chorarmos de felicidade. Que o beijo de amor, seja cada vez mais demorado. Que a gente possa namorar mais e esquecermos de planos de guerras. Afinal este mundo é lindo e perfeito, se nós não o estragarmos completamente...”O NOME OU PALAVRA,TRAVESTI,JÁ FOI DE MAIS USADO,E MUITAS VEZES MAL USADO!A VERDADE É...QUE DEVEMOS MUITO, PARA ESTAS MULHERES!!!STYLE...Felipe Prado.
Dê sempre o melhor e o melhor virá... Ás vezes as pessoas são egocêntricas, ilógicas e insensatas... Perdoe-as assim mesmo. Se você é gentil, as pessoas podem acusá-lo de egoísta e interesseiro... Seja gentil assim mesmo. Se você é um vencedor, terá alguns falsos amigos e alguns inimigos verdadeiros... Vença assim mesmo. Se você é honesto e franco, as pessoas podem enganá-lo... Seja honesto e franco assim mesmo. Se você levou anos para construir, alguém pode destruir de uma hora para outra... Construa assim mesmo. Se você tem paz e é feliz, as pessoas podem sentir inveja... Seja feliz assim mesmo. O bem que você faz hoje pode ser esquecido amanhã... Faça o bem assim mesmo. Dar ao mundo o melhor de você pode nunca ser o bastante... Dê o melhor de você assim mesmo. E veja que, no final das contas... É entre você e Deus... Nunca foi entre você e eles! Madre Teresa de Calcutá