Como as pessoas te veem? Parte II, o milagre...

Bom, você não acredita em milagres até que eles acontecem na sua vida. Tenho diversos casos ditos “paranormais”, ou acasionais... Certa vez, aos meus 10 anos de idade, fiquei sozinha em casa... por conta de um casamento que fora toda a minha família. E eu como sempre, não quis... Preferia ficar longe das pessoas, lendo meus livros de auto-ajuda... com 10 anos de idade...

“Buscava nessas bibliografias coisas que não se encontra na escola ou no próprio lar... tormentos e dúvidas ocultas no subconsciente, porém necessitamos de ferramentas, chaves, mecanismos que liberem o acesso a essas informações do DNA, da intelectualidade distorcida e obscura de um pré-adolescente.”

Como estava dizendo, acabei ficando sozinha em casa. Já era noite, e como tinha medo do escuro, acendi todas as luzes de casa. Que droga! Não adiantou... não é que faltou luz inexplicavelmente no bairro. Logo naquela noite que eu estava sozinha. O que eu mais temia... “a escuridão da alma”. Que medo! No mesmo instante me encolhi num canto da casa e enfiei a cabeça entre os joelhos. Estava com muito medo. Porém naquele momento, pensando e procurando uma solução, lembrei de um episódio ocorrido na escola naquele exato dia pela manhã.

Havia ganhado um lindo relógio da minha mãe, digital, com muitas funcionalidades. Esse chamou atenção dos colegas de aula. Que maravilha! Eu no centro das atenções. Descobrimos várias funções, entre elas: cronômetro, fuso-horário, memória, calculadora, lanterna... “lanterna”! Meu colega disse: _Olha que legal! A luz do relógio parece uma lanterna de tão forte.

Dito e feito. Apertei aquele botão milagroso no meu pulso e diante a escuridão veio à luz. Procurei desesperadamente velas, muitas velas e acendi por toda a casa. Uma em especial na cabeceira da minha cama. Onde comecei a ler um livro. Claro de auto-ajuda, com um conteúdo um tanto quanto espiritual. Não lembro o nome, muito menos o autor, mas havia uma frase que nunca vou esquecer na vida... O escritor redigiu: _ Sempre haverá uma luz na escuridão. No momento que li essa frase olhei em torno e toda a casa estava iluminada. Era uma luz divina... senti muita paz naquele momento. Descobri que apesar de tanto sofrimento, nunca estamos sozinhos... e “sempre haverá uma luz na escuridão”.