SUSANY BIANCCO







Seja bem vindo !!!
E fique à vontade para opinar, sugerir....
... enfim : INTERAGIR!





quarta-feira, 6 de outubro de 2010

GÊNERO, INFORMAÇÕES BÁSICAS:

O gênero é uma parte fundamental de nossa identidade como seres humanos. A primeira pergunta que todo o mundo faz sobre nós é “É um menino ou uma menina?"


O que é que nos faz meninos ou meninas? O que é que determina nossa identidade de gênero?
Durante a primera fase da gestação, um feto que tem genes masculinos (cromossomos XY) geralmente se desenvolve com genitais masculinos. Desenvolverá-se com genitais femininos se possui genes femininos (XX). Isto ocorre normalmente o 99% das vezes. Os médicos e os pais simplesmente olham os genitais da criatura e a declaram menino ou menina.


Aqueles que são identificados como meninos geralmente se desenvolvem como homens com uma identidade de gênero masculina, e aqueles que são identificadas como meninas normalmente crescem como mulheres com uma identidade de gênero feminina. Mais uma vez, tudo parece muito óbvio.


No entanto, mais do 5% da totalidade dos homens e mulheres se desenvolverão como homossexuais, e procurarão parceiros de seu mesmo sexo e/ou gênero, mas contudo eles terão uma identidade de gênero normal como homens ou mulheres respectivamente, como a grande maioria dos heterossexuais.





Estados de Intersexualismo - incluindo bebês que apresentam um sexo ambíguo ao nascer:


Apesar de que a maioria das crianças se apresentam como meninos ou meninas normais, várias situações genéticas podem conduzir, em alguns casos, a que apresentem genitais ambíguos, assim que os médicos no estejam seguros de que se tratem de um menino ou de uma menina. Em outros casos os genitais parecem bem definidos de um sexo, mas são incongruentes com os genes da criança. E em mais outros casos os genes da criança são mais complexos do que simplesmente XX ou XY, e o desenvolvimento tanto físico quanto de identidade de gênero da criança será muito difícil de prognosticar. Os meninos que possuem estas variações genitais ou genéticas são chamados de "Intersexuais". Os bebês intersexuais se apresentam aproximadamente em um de cada 1.000 nascimientos. Por exemplo, em aproximadamente um de cada 13.000 nascimientos de uma criança XY (homem genético) o feto não responde aos hormônios fetais masculinos, e desenvolve genitais que parecem às de uma menina, exceto pela ausência de órgãos reprodutivos internos. Estas crianças XY que apresentam o "Síndrome De Completa Insensibilidade Androgênica" (chamado de cAIS ou AIS, pela sigla em inglês: "Complete Androgen Insensitivity Syndrome"), são simplesmente identificadas como meninas e criadas como tais. Embora não pôdem procriar, geralmente se desenvolvem como mulheres esbeltas e atraentes, com uma identidade de gênero feminina. Comenta-se que algumas bonitinhas modelos têm sido meninas AIS.
Em outros casos, o "Síndrome De Insensibilidade Androgênica Parcial" (ou, pAIS, pela sigla em inglês: "Partial Androgen Insensitivity Syndrome") tem como resultado que a aparência genital externa pode cair em qualquer lugar do espectro femenino/masculino. Incrivelmente, nunca informam a muitas destas meninas de sua verdadeira natureza, já que a família e os médicos sentem pena e embaraço de falar sobre este "terrível segredo"-- que estas meninas têm genes masculinos. Em lugar disso, lhes dizem coisas como "Você nunca desenvolveu órgãos internos, assim que no pode ter filhos", e elas freqüentemente descobrem a verdade sobre si mesmas já na idade adulta e de maneira acidental.



A prática de "conserto cirúrgico" nos genitais das crianças intersexo para fazer com que fossem "normais":


Nos anos sessenta, os avanços da cirurgia plástica combinados com a teoria "Genitais + Criação" da identidade de gênero conduziram aos médicos a recomendar uma cirurgia de "conserto" em muitos tipos de crianças intersexo. A idéia era fazer com que os genitais aparecessem cosmeticamente corretos, sejam de menino ou de menina, e depois educar a criança no gênero “apropriado,” crendo que assim desenvolveria uma identidade de gênero normal e correta.





Como estes "consertos" revelaram que as velhas teorias de identificação de gênero eram erradas:


Nos anos recentes, muitas pessoas intersexo se encontraram pelo Internet, e começaram a comparar as situações delas. Como resultado, ficou claro para essas pessoas de estado intersexual que na maior parte das vezes as cirurgias de "conserto" no resultaram como prediziam as teorias dos médicos. Em lugar disso, muitos acabaram com uma incapacidade genital causada pelas cirurgias. Muitas também sofreram de transtornos de identidade de gênero, devido à redesignação arbitrária à que foram sujeitadas, porque para os médicos era "mais fácil de fazer cirurgicamente".


Devido à pressão dos ativistas intersexuais, especialmente a da recem-formada ISNA, os estudos de seguimento daquelas crianças “cirurgicamente consertadas” finalmente começaram. O primeiro estudo, de 25 crianças geneticamente XY que ao nascer apresentaram ausência de pênis (Síndrome "Extrofia Cloacal") e que foram redesignadas mediante cirurgia e educadas como meninas, revelou que todos os 25 desenvolveram identidades de gênero MASCULINAS.


Esses meninos, apesar de ter sido criados como meninas, demonstraram os rudes jogos de meninos pequenos. Na adolescência, cada um deles se rebelou, apesar de toda evidência, contra os genitais femininos e a educação feminina, e todos afirmaram que eram meninos e que queriam ser transformados em tais. Alguns deles desesperadamente procuravam namoradas, mesmo como fariam outros rapazes adolescentes.


Em lugar de reverter a identidade de gênero inata e mudar estes meninos em meninas, as cirurgias praticadas durante a infância em realidade os converteram no equivalente de transexuais mulher para homem! Desde então, muitos desses meninos se submeteram a uma redesignação hormonal de gênero mulher para homem. Tragicamente, os efeitos da cirurgia infantil impedem a reconstrução de genitais masculinos e em muitos casos inclusive impedem o prazer de experiências sexuais e o orgasmo.


Esses estudos têm revelado uma coisa ainda mais surpreendente: têm virado de avesso a teoria de que a identidade de gênero está determinada pelos genitais e pela educação, causando uma transformação paradigmática no pensamento global da comunidade médica sobre a verdadeira e subjacente natureza da identidade de gênero. A experiência pessoal dos intersexuais que têm vivido diferentes trajetórias de gênero (alguns como meninos "consertados" e outros não) agora está sendo mais amplamente difundida, e está contribuindo a construir um melhor conhecimento das muitas variações da identidade de gênero que são independentes do nosso físico.






A teoria de que a identidade de gênero está determinada socialmente é finalmente deposta:



Décadas atrás, John Money ("Teórico" do Gênero, afirmava que a identidade era determinada socialmente. Apoiou as teorias por influência pessoal na mídia assim como falsificando e suprimindo dados de pesquisa contrários ao ponto de vista dele) tinha aconselhado aos pais de um menino, que tinha perdido o pênis em um acidente médico, para que o redesignassem cirurgicamente como menina - apoiado pela teoria de que "ela" cresceria de modo de se converter em uma mulher normal em vez de em um "homem anormal". O caso foi muito notável entre os pesquisadores científicos porque o menino tinha nascido com um gêmeo idéntico que servía de comparação no desenvolvimento do gênero. Como primeiro passo o menino foi castrado, lhe retiraram o pouco que ficava do pênis, e depois foi criado como menina. No entanto ainda mostrando a identidade inata de gênero de um menino pequeno, "ela" começou a afirmar que era "na realidade um menino" e se rebelava em contra dos esforços para fazer com que se comportasse como uma menina. Já na puberdade, ainda sem saber da cirurgia infantil, "ela" se resistiu as tentativas dos pais e médicos para feminilizá-la através de estrogênios e cirurgia para lhe construir uma vagina. Eventualmente, se submeteu a uma redesignação, mas para se converter em homem, similarmente ao que faria um transexual mulher para homem. Nesse caso, educar um menino com genitais femininos como uma menina, claramente NÃO modificou o sentimiento inato do menino sobre o verdadeiro gênero dele.

Milton Diamond, Ph.D. Professor de anatomia e biologia reprodutiva derrubou a teoria arraigadamente sustentada de Money de que a identidade de gênero é determinada socialmente.
O trabalho dele sugere enfáticamente que a identidade de gênero é biologicamente inata.






A teoria de que a auto-percepção inata de gênero está determinada pelo cérebro e pelo sistema nervoso central prenatal:


Parece que se tais estruturas no cérebro e no SNC (Sistema Nervoso Central ) do feto são masculinizadas pelos hormônios durante a gravidez ceda, então a criança terá uma auto-percepção e identidade de gênero masculina, independentemente de que os genes ou os genitais sejam masculinos. Se tais estruturas não são masculinizadas nesse período, a criança então terá uma auto-percepção e identidade de gênero femininas, também independentemente dos genes ou genitais. Como acontece no caso das crianças intersexuais, com genitais ambíguos, sem dúvida existem muitos graus de gênero cruzado nas estruturas do cérebro e do SNC, assim que enquanto algumas crianças sofrem uma inversão total de gênero, outras somente sofrem uma inversão parcial.


As pesquisas mais recentes revelam que o cérebro começa a se diferenciar nos embriões machos e fêmeas ainda mais cedo, possivelmente antes de que façam efeito os hormônios sexuais embriónicos, e por mecanismos ainda desconhecidos--assim que se pode considerar a identidade de gênero um resultado complexo da interação entre a diferenciação anterior do cérebro e os hormônios embriónicos posteriores.


Assim desse modo, é possível para algumas crianças possuir identidades de gênero inconsistentes com os genes. Nos casos cAIS, por exemplo, as estruturas cerebrais daquelas meninas eram insensíveis aos efeitos masculinizantes da testosterona fetal, da mesma maneira que também foram os genitais. Portanto, desenvolveram estruturas cerebrais e identidades de gênero femininas, apesar de que as crianças foram geneticamente XY.


É por isso que também é possível que algumas crianças tenham identidades de gênero inconsistentes com os genitais e a educação. No caso das crianças com síndrome "Extrofia Cloacal" ("micro-pênis"), as estruturas cerebrais e o SNC presumivelemente se masculinizaram sob a influência da testosterona fetal, levando a uma posterior identidade de gênero masculina, apesar de ter sido "transformados cirurgicamente em meninas" e educadas como tais.

"No fim das contas, só as crianças mesmas devem identificar quem e o que são. O papel de nós, os pesquisadores, é escutar e aprender. As decisões clínicas não devem estar baseadas em predições anatômicas, nem na "correta" função sexual, também não é uma questão de moral ou de "congruência" social, pelo contrário é questão daquele caminho que seja o mais apropriado para o provável desenvolvimento do padrão psicosexual da criança. Em outras palavras, o órgão que se apresenta como crítico para o desenvolvimento psicosexual e a adaptação, não são os genitais externos, é o cérebro."
William Reiner, M.D., Ser Macho ou Fêmea--Essa é a Questão, 151 Arch Pediatr. Adolesc. Med. 225 (1997)].




É incrível que no passado os psiquiatras tenham ignorado tudo isto, e que durante tanto tempo tenham assumido que a identidade de gênero era neutro ao nascimento e posteriormente estabelecida pelas interações sociais. As pessoas classificadas erradamente de gênero têm relatado durante muito tempo que os problemas delas não surgiam só dos PENSAMENTOS mas também de percepções de gênero "cruzadas" e das SENSAÇÕES CORPORAIS--como as da criança que percebe sensações de gênero que lhe informa como gosta da maneira que o corpo dela se movesse, qual é a resposta ao ser tocada, quão agressiva ou terna se percebe, ou como interage com outras crianças. Então, depois da puberdade, ao começo das sensações sexuais, é preciso distinguir entre as que sejam masculinas (necessidade de montar e penetrar) ou que sejam femininas (necessidade de ser penetrada e manipulada).
A gente não inventa essas sensações sexuais masculinas/ femininas produzidas pelo CNS, simplesmente as experimenta! Os mecanismos básicos de percepção envolvidos estão "integrados" e não podem ser mudados por meios psiquiátricos de maneira permanente mais do que se pode mudar nossa percepção do frio ou do calor.

Qualquer seja o processo "em-útero" que as produz, as sensações de gênero e de identidade de gênero da pessoa se encontram no mais fundo do ser. A identidade de gênero é fixa, imutável, e irreversível por qualquer meio médico ou psicológico. Também sabemos que existe um meio só para determinar a identidade de gênero de uma pessoa--perguntar! O gênero é uma percepção--só a pessoa mesma sabe com certeza qual é, e outra pessoa não pode adivinhá-lo.

http://ai.eecs.umich.edu/people/conway/TS/PT/TSPT.html








Nenhum comentário:

Postar um comentário